Espaço destinado a compartilhar atividades nas disciplinas de Matemática e Física diante das tecnologias.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
RELATÓRIO DO PLANO DE AÇÃO COLISÕES E CHOQUES MECÂNICOS
Devido esta época do ano, de realização do ENEM –
Exame Nacional do Ensino Médio e vestibulares, aproveitei o planejamento de
revisão da escola para efetuar meu plano
de aulas com turmas de terceiro ano, o tema
escolhido para esse plano foi Colisões ou Choques Mecânicos, baseado na teoria
de Ivan Gonçalves dos Anjos.
Nas três primeiras aulas trabalhamos com a teoria
propriamente dita e nas três últimas aulas foram realizadas simulações no site
sugerido no módulo: phet colorado,
destacando no ensino da Física um laboratório de colisões através das colisões
em discos de hóckey.
Diante
da proposta de se trabalhar o Ensino de Física mediado pelas TDICs, após
algumas leituras na área, tomei por base dois artigos que tratam do uso das tecnologias
no ensino da Física “Representação da realidade e imagens no ensino de Física”
de Sheila Cristina Ribeiro Rego de uma vez que no Tópico II trabalhamos uso de
imagens e modelização e o outro “Estudos sobre a ação mediada no ensino de
física em ambiente virtual”, de diversos autores, entre eles, Pedro Alexandre
Lopes de Souza, Geiziane Silva Oliveira, Claudio R.
Machado Benite e Anna M. Canavarro Benite. Estes artigos me fizeram pensar num
ensino de Física integrado com as tecnologias e de que forma trataria do
assunto em questão com os alunos.
Durante as aulas em que foram trabalhadas a teoria, os alunos estiveram
atentos ao conteúdo explanado: Colisões ou Choques Mecânicos; Definição de
Colisão ou Choque; Deformação; Deformação Plástica ou Permanente; Colisão
Frontal, Coeficiente de Restituição; Velocidades com Sentidos Opostos e Mesmo
Sentido; Tipos de Choques ou
Colisões; Colisão Elástica, Inelástica e Choque Parcialmente Elástico. Nas duas
turmas em que o planejamento foi aplicado, os alunos questionavam na medida que
iam surgindo suas dúvidas e participavam da construção dos conceitos
ativamente, vale destacar que essas turmas em geral são muito participativas e
apresentam bom rendimento escolar.
Na terceira aula enfocou-se alguns exemplos de colisões e foram
sugeridos aos alunos que respondessem algumas atividades referente ao tema. Os
alunos em sua grande maioria demonstraram-se interessados e responderam as
atividades com sucesso, alguns tiveram alguma dificuldade que foi solucionada
ao passo de uma explanação da professora, a qual chamava a atenção do aluno
questionando-o para que ele mesmo chegasse a resposta do seu questionamento.
Após as aulas teóricas, a partir
da quarta aula, passamos a fazer uso de um simulador de colisões disponível on
line no site phet colorado. (https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/collision-lab)
Tela do Simulador Laboratório de Colisões.
No simulador, primeiramente foi sugerido aos alunos que o
explorassem colocando em prática o que haviam aprendido na teoria em sala de
aula, foram utilizadas mesas de disco (hóckey) para investigar colisões simples
em 1d (uma dimensão) e mais complexas em 2d(duas dimensões), os alunos experimentavam o número de discos, massas,
variavam a elasticidade e comparavam como o momento total e energia cinética
mudavam durante as colisões.
Além das colisões propriamente ditas, das
deformações elásticas, plásticas ou permanentes, ainda experimentaram colisão
frontal, coeficiente de restituição e os tipos de choques ou colisões. Alguns
alunos demonstravam mais facilidade em trabalhar com o simulador e associavam
perfeitamente o que haviam visto em sala de aula, outros já precisavam ser
auxiliados pela professora e pelos próprios colegas ao passo que iam
descobrindo como o simulador funcionava.
A última aula planejada (quinta
aula) acabou se ampliando para mais uma aula, assim totalizando seis aulas. Conforme
a aplicação do planejamento, percebeu-se a necessidade de criar um roteiro para
que os alunos explorassem o simulador fazendo um comparativo com a teoria.
Professora explicando o
funcionamento do simulador com auxílio do quadro branco na sala de informática
Então, num primeiro momento foram
recriadas com o uso do simulador as atividades vistas no caderno nas aulas
anteriores, o que instigou a curiosidade e a vontade de aprender através da
ferramenta. Num segundo momento, foi comparado aquilo que se estudou em sala de
aula com os fatos que o simulador apresentou definindo o que é real, logo após
foi comparado velocidades com sentidos opostos e mesmo sentido, os alunos
comentavam os resultados dos exercícios vistos anteriormente com as respostas
apresentadas a partir da simulação. Ainda foi provocado colisões frontais no
simulador fazendo um comparativo com a realidade e dentro deste contexto,
elencado os tipos de choques e colisões com a ajuda do simulador.
Alunos fazendo o uso do Laboratório
de Colisões na sala informatizada.
Os alunos
comentavam que estavam vendo na prática o que tínhamos visto em sala de aula,
que o resultado dos exercícios vistos aneriormente coincidiam com o resultado
das simulações e ao analisar o movimento
dessas colisões suas dúvidas iam se esclarecendo.
Os alunos
não tiveram dificuldades em preencher os campos no simulador, não houve
imprevistos quanto ao planejado, somente devido ao pouco tempo para a
exploração do simulador foi redirecionada a forma de trabalhar na quinta aula,
o que antes estava previsto apenas para uma aula, foi necessário duas para
cumprir com as atividades planejadas.
Em
sua grande maioria independente da turma, os alunos demonstraram ter intimidade
com o uso das tecnologias, manusearam as ferramentas sem nenhuma dificuldade,
envolveram-se com a atividade o tempo todo, mostraram-se interessados pela
dinâmica trabalhada, obtendo um bom aproveitamento das aulas. (link do vídeo:
Depoimento de um aluno https://youtu.be/5DKAKHkvSGk).
Ficou
perceptível que realmente o uso das tecnologias desperta o interesse e a
vontade de aprender.
Desta
forma, a Física deixa de ser um conjunto de códigos e fórmulas matemáticas a
serem memorizadas, de maneira que as tecnologias colocam os estudantes frente a
um novo processo educativo, que auxilia no desenvolvimento cognitivo do
estudante possibilitando o desenvolvimento de aprendizagens colaborativas, ativas,
facilitadas, que propiciam ao aprendiz construir a sua própria interpretação
acerca de um assunto.
As
tecnologias no ensino da Física, colocam os alunos frente a um novo processo
educativo onde podem prosseguir, voltar, re-estudar ou aprimorar conceitos
vistos em sala de aula. Permite ainda, aprofundar e criar suas investigações e
interpretações sobre o assunto baseados em outras informações pesquisadas ou
discutidas com diferentes autores ou colegas. Enfim as tecnologias enriquecem o
processo de ensino aprendizagem e a mediação pedagógica se faz necessária para
que o aluno saia da sala de aula com plena capacidade de usufruir das
possibilidades que o universo digital oferece.
Segue o link do meu vídeo depoimento quanto
professora referente a prática pedagógica desenvolvida: https://youtu.be/CblXsBca4v0.
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